Manifestações defendem estatais e eleição de Dilma
O Banco do Brasil, a Caixa Econômica, os Correios, o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia, a Petrobras e o pré-sal são do povo brasileiro e é nosso dever lutar por essas empresas. Essa foi a motivação dos manifestantes que, ao meio- dia desta quinta-feira (21) - desafiando o calor do sol e a campanha neoliberal do tucano José Serra - se reuniram no Setor Bancário Sul, em Brasília, em um grande Ato em defesa das empresas estatais e contra as privatizações.
Agência BrasilO ato em Brasília reuniu cerca de 600 pessoas, entre eles os deputados ligados a categoria dos bancários, como o Geraldo Magela (DF) e Ricardo Berzoini (SP).
Para o presidente regional do PCdoB, Augusto Madeira, no segundo turno das eleições presidenciais ficou claro a disputa entre os dois projetos – de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) -, que têm visões diferentes sobre as empresas estatais brasileiras.
O líder comunista lembrou que Serra, que representa o governo de Fernando Henrique Cardoso, conduziu o processo de privatizações e de entrega das empresas para a iniciativa privada. “Ele foi um dos principais articuladores e executores do processo de venda de empresas que foram construídas com recursos do povo brasileiro”, dizem, em coro, os manifestantes.
Por outro lado, lembra que Dilma, como Ministra do Presidente Lula, fortaleceu as empresas estatais e valorizou os funcionários destas instituições. Madeira cita o exemplo da Petrobras, que estava sendo desvalorizada para ser vendida e que isso não ocorreu, lembra ele, pela resistência dos movimentos sociais e populares, que culminou com a eleição de Lula. No governo de Lula, a Petrobras se transformou numa das maiores empresas de petróleo do mundo.
Antes do abraço coletivo ao prédio, a multidão se reuniu em frente à entrada do Banco do Brasil para ouvir os discursos. "Estamos abraçando este prédio, que representa o Banco do Brasil, mas simbolicamente abraçamos todo o patrimônio público contra a herança privatizadora de FHC (ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), que nestas eleições é representado por José Serra", disse Jacques Pena, que já foi presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília e é coordenador da campanha de Dilma Rousseff na capital federal.
No Rio de Janeiro
Também no Rio de janeiro, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantes realizam uma grande manifestação, a partir das 15 horas, na Praça da Candelária, em defesa do emprego, dos direitos, do patrimônio público e da soberania nacional. Da Candelária, os manifestantes seguem em passeata pela Avenida Rio Branco até a sede da Petrobras, onde promovem um abraço à empresa.
Segundo os organizadores do evento, essa mobilização soma-se a várias outras manifestações que as centrais sindicais e os movimentos sociais têm organizado para denunciar as intenções privatistas de José Serra e o retrocesso que significará para o povo brasileiro o retorno dos tucanos e demos ao poder.
E destacam que o projeto político de Serra prevê o desmonte do Estado, privatizações, esfacelamento dos programas sociais e serviços públicos, ataque aos direitos trabalhistas, criminalização dos movimentos sociais, ataque à soberania nacional, entre outros retrocessos.
E a Petrobras é o principal alvo dos tucanos e demos. David Zylberstajn, assessor de José Serra e responsável por suas propostas para o setor de energia, defende explicitamente o regime privatista de concessão dos blocos de petróleo e gás. O PSDB e o DEM já tentaram privatizar a estatal no passado e querem terminar o que começaram.
De Brasília
Márcia Xavier
Com agências
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