Yeda Crusius (PSDB), zerou o caixa do Rio Grande do Sul e legou ao sucessor contas de R$ 1 bilhão a serem quitadas em curto prazo sem que exista lastro financeiro para esses pagamentos.
O balanço das finanças gaúchas foi apresentado nesta quinta-feira (13) pelo secretário da Fazenda, Odir Tonollier, e questiona a principal bandeira política da gestão tucana: equilíbrio das contas públicas e fim do deficit orçamentário.
"No dia 3 de janeiro, o nosso saldo era zero. As contas bancárias do estado somavam zero. É o que nós recebemos. Não temos nada de recursos no caixa para começar", disse ele.
Indagado sobre o valor específico das contas, Tonollier enfatizou: "Zero de saldo de caixa. Não é força de expressão".
Segundo ele, o R$ 1 bilhão herdado da gestão anterior é para ser pago a fornecedores.
As contas atingem investimentos, obras já finalizadas, custeio de presídios e até o pagamento de fornecedores de combustível para a polícia, que estão sem receber, segundo ele, desde outubro.
Outro ponto de desavença é o caixa único do estado — a conta-mãe que recebe grande parte dos recursos públicos e que pode incluir quantias disputadas na Justiça.
O atual governo diz que ela está no vermelho em mais de R$ 4 bilhões, enquanto o anterior afirmava ter fechado 2010 com R$ 3,6 bilhões
Fonte: Folha de S.Paulo
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